REDES SOCIAIS: O IMPACTO EM NOSSAS VIDAS

Psicóloga ressalta a importância de estabelecer limites e novos hábitos diante das redes sociais

As redes sociais são uma das melhores invenções da humanidade e sua contribuição é inegável. Mas, como sabemos, todo o excesso é prejudicial. É preciso estabelecer limites e os primeiros dias do ano podem ser propícios a isso quando se trata de reorganizar rotas.

Uma pesquisa realizada pela Sortlist apontou que os brasileiros gastam mais de 10 horas por dia na internet, sendo que 3 horas e 43 minutos desse tempo é utilizado para acessar as redes sociais. O surgimento das redes sociais tem a ver com necessidades latentes relacionadas à troca de informações, conexão entre pessoas, conexão entre pessoas e empresas, além do compartilhamento de conhecimento entre si.

De acordo com o estudo realizado pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health (RSPH), em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, as redes sociais mais usadas – Facebook, YouTube, Whatsapp e Instagram - provocam efeitos positivos ou nocivos à saúde humana, dependendo de como são utilizadas.

Utilizar redes sociais como parâmetros de comparação com o outro, pode ocasionar impacto negativo no sono e diminui a autoestima, cerca de 70% dos jovens revelaram que as redes sociais fizeram com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem. Outro ponto negativo é o sentimento de perder algum acontecimento, fazendo com que fiquem mais tempo navegando em suas redes.

A psicóloga Ana Gabriela Andriani entende que as pessoas estão em um momento de preocupação em se manter constantemente informados, e que isso é de grande importância, mas, que esse medo de perder algo pode virar uma obsessão pela informação, um desejo de colecionar informações e de ter uma opinião em relação a algo, podendo desencadear a síndrome de FOMO (Fear Of Missing Out), exatamente o medo de perder algo ou estar fora das coisas.

“Não existe fórmula para usar corretamente as redes sociais, mas é de grande importância colocar limites e estabelecer tempo de uso. Não perder a conexão com o mundo real, vivenciar atividades prazerosas e se relacionar com as pessoas que estão à sua volta são “pontos-chave” para desapegar do mundo virtual. Outro ponto é aceitar que temos falhas e sempre existirá diferenças entre todos, as redes sociais são recortes da vida e não uma realidade em sua totalidade. A comparação impacta negativamente a saúde mental, então compreender que nunca existirá o perfeito e o autoconhecimento é um bom começo para usar as redes sociais e os celulares de forma mais saudável”, conclui a psicóloga Ana Gabriela Andriani.