PRÓTESE: COMO A SAÚDE BUCAL INTERFERE NO ESTILO DE VIDA DO BRASILEIRO

Cirurgião-dentista fala de estudo feito com pessoas de 45 a 70 anos e dá dicas de manutenção da dentadura

A saúde bucal é um fator fundamental para a qualidade de vida das pessoas. De acordo com a pesquisa Percepções Latino-Americanas, que ouviu 600 pessoas latino-americanas, entre elas 151 eram brasileiros. Segundo os dados levantados, 32% dos participantes afirmam que a falta de dentes interfere em ter um estilo de vida saudável e ativo. Já 52% disseram que a perda de dentes deixou sua aparência pior, 43% dizem que a vida amorosa é afetada, enquanto 38% afirmam se sentir inseguros para ir a festas e eventos sociais. Vale ressaltar que os entrevistados têm entre 45 e 70 anos.

Para minimizar esses problemas, a alternativa são as próteses dentárias e dentaduras. Elas substituem os dentes e devolvem o sorriso, além de ajudar na mastigação e na fala. No Brasil, cerca de 39 milhões de pessoas contam com a ajuda de próteses. Desse universo, uma em cada cinco delas têm entre 25 e 44 anos, conforme estudo da Edelman Insights.

“Quem usa dentadura ou prótese precisa ter cuidados redobrados, da mesma forma que se tem com a dentição natural, pois acumula restos de alimentos e necessita de limpeza diariamente para evitar a proliferação de bactérias”, afirma Ricardo Almeida, cirurgião dentista. O profissional explica que as dentaduras são recomendadas para pessoas que não têm dentes suficientes na boca e que permitam comer ou falar sem problemas. Além disso, outro fator justifica o uso do item que é a questão estética, especialmente quando está faltando algum dente da frente ou quando a ausência é tão grande que faz o rosto parecer mais flácido.

“Embora seja mais usada por pessoas da terceira idade, devido à perda natural dos dentes, as dentaduras também podem ser usadas por jovens, quando acontece a perda da dentição por outras causas, como acidentes”, completa Almeida. O cirurgião-dentista explica que existem cinco tipos de próteses dentais. A primeira opção é a prótese total (dentadura) que é desenvolvida sob medida com base na anatomia do maxilar e boca do paciente. É uma das mais conhecidas, sendo indicada para quem perdeu todos os dentes. Temos, também, a prótese parcial removível que é colocada junto com os dentes naturais por meio de grampos metálicos que ajudam na fixação. Ela é indicada quando houve a queda de apenas um ou poucos dentes.

“Por fim, temos a prótese parcial fixa, a semiflexível e a que usa suporte por implante osseointegrado”, destaca Almeida. A primeira é colocada com a ajuda de um dente anterior e outro posterior ao espaço. Pode ser feita de metal com porcelana. Já a semiflexível, normalmente, tem função provisória e é indicada para quem possui o risco de perder mais dentes. Por fim, a prótese suportada por implante osseointegrado conhecemos como o clássico implante dentário, que tem a mesma função das demais próteses. “Um implante pode ser usado para sustentar um único elemento (dente) ou vários implantes podem sustentar uma prótese total”, conclui.

Independentemente do tipo, sabemos que a limpeza é essencial para manter a saúde bucal. O cirurgião indica alguns passos para fazer a manutenção da forma mais adequada.

O primeiro passo para limpar a dentadura é removê-la. Pode-se fazer um bochecho com água morna ou enxaguante bucal para retirar a cola da dentadura (se for o caso). Em seguida, é necessário movimentar levemente a dentadura até que se solte completamente. Por fim, pressioná-la pela parte interna dos dentes, empurrando-a para fora da boca.

O passo seguinte é usar uma escova de dentes para dentaduras para a higienização. “Esfregue a pasta de dentes e, se perceber manchas, use uma pasta de dente branqueadora”, destaca o dentista.

O último passo é encher um copo de água com alguma substância que ajude na limpeza da dentadura, como elixirs ou enxaguantes bucais. A limpeza da dentadura deve ser uma das prioridades do dia para garantir a beleza do sorriso e evitar situações embaraçosas.