DEPRESSÃO PODE SER TRATADA TAMBÉM NO PRATO

Estudo aponta relação entre alimentos ea diminuição de sintomas depressivos e especialistas mostram quais são esses alimentos e como eles agem em nosso organismo

Você já deve ter ouvido a frase de que boa parte dos remédios para muitas doenças pode estar na mesa. Isso mesmo, os alimentos são importantes ferramentas na luta contra doenças ou na prevenção de infinitas enfermidades. E a alimentação saudável é uma excelente arma contra um dos maiores males da atualidade: a depressão.

Recentemente, a revista científica BMC Medicine apontou a real relação entre a alimentação e a depressão. De acordo com o estudo espanhol apresentado pela Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, a doença do século, pode ser evitada pelo consumo de vegetais, legumes, castanhas, nozes e peixes.

Segundo a médica nutróloga Ana Luisa Vilela, que atua na Clínica Slim Form , em São Paulo (SP) a relação entre esses alimentos e a depressão se deve a influência que os nutrientes de cada um desses itens, possuem no cérebro. "A vitamina B, o ácido fólico e o zinco podem ser os responsáveis por um estímulo cerebral capaz de evitar a doença, além disso, os alimentos in natura e sem conservantes ainda podem ajudar a produzir mais serotonina e aumentar o bom humor – o que também ajuda a afastar a depressão", diz.

Após 8 anos de estudo com mais de 15 mil pessoas, a universidade concluiu que aqueles que mantinham alimentação saudável, apresentaram 30% de chances menores de apresentarem a depressão.

ONDE ENCONTRAR OS NUTRIENTES

A nutricionista Rochele Bohn, de Novo Hamburgo (RS), detalha quais são os alimentos onde se encontram esses nutrientes tão importantes para ajudar a combater a depressão. “Hábitos alimentares saudáveis podem trazer muitos benefícios para a saúde, incluindo o combate aos sintomas depressivos. Escolher alimentos com fontes de vitaminas do complexo B, triptofano e antioxidantes ajudam na produção de serotonina, substância responsável pela sensação de bem estar”, reforça a nutricionista.

Veja, abaixo quais são os principais alimentos apontados por Rochele nesse contexto:

Leite, ovos e derivados: ótima fonte do aminoácido triptofano. Este aminoácido aumenta a produção de serotonina capaz de dar sensação de bem estar. Preferir os leites e derivados desnatados. Evitar os ovos fritos.

Castanha-do-pará: rico em selênio, poderoso agente antioxidante. A castanha também contribui para a produção de serotonina ajudando na redução do estresse. São recomendadas de duas a três unidades diárias.

Aveia: ótima fonte de energia e triptofano que também ajuda a liberar serotonina. Ideal consumir pelo menos 1 colher de sopa por dia. Associar com canela em pó.

Nozes e amêndoas: Também são fontes ricas de selênio e ajudam a minimizar os sintomas. Recomendação é de quatro a cinco unidades de nozes ou 10 a 14 unidades de amêndoas. Ótima opção misturar os dois sabores, perfeito utilizá-las como lanches.

Abacate, mamão, banana:  Frutas ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.

Rochele salienta que estes alimentos devem ser consumidos diariamente para que se consigam todos os benefícios associados a eles. “E, importante ressaltar que estes hábitos ajudam a minimizar sintomas. A depressão deve ser tratada com profissionais responsáveis da área”, afirma a nutricionista.