CONHEÇA OS RISCOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE DOCES E VEJA ALTERNATIVAS PARA SUBSTITUÍ-LOS

Nutricionista avalia o perigo do excesso de açúcar e dá dicas sobre controle de quantidades

Usar o açúcar para ficar bem emocionalmente é um recurso de muitas pessoas. Quem nunca se "presenteou" com um docinho após o almoço ou uma barra de chocolate para "ficar mais alegre"? Tem uma explicação, e é preciso conhecê-la justamente para evitá-la. Segundo a nutricionista Fabíola Pansani Maniglia, isso acontece porque esses alimentos ativam uma área de satisfação do cérebro, responsável por proporcionar sensação de bem-estar e felicidade. Mas, vale um alerta bem importante aqui.

“Quando estão estressadas, ansiosas ou até mesmo tristes, algumas pessoas recorrem aos doces como uma válvula de escape e melhoria desses sentimentos”, avalia. Mas afinal, o açúcar e os doces viciam? Qual a quantidade ideal de consumo?

Fabíola explica, que o doce não causa uma dependência química, tal como as drogas, mas ativa essas áreas de prazer, satisfação e recompensa do cérebro, e por esse motivo, pode causar um sentimento de necessidade nas pessoas.

“Essa dependência ocorre porque o paladar fica habituado ao sabor adocicado. Além disso, alguns alimentos doces estão relacionados à nossa memória afetiva, ou seja, resgatam lembranças da infância e isso, por si só, também é muito prazeroso”, explica.

Diante disso, a nutricionista alerta que os doces precisam ser consumidos com controle e que o excesso pode ser prejudicial à saúde, além de estar relacionado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a obesidade e diabetes tipo 2.

“No entanto, é preciso lembrar dos efeitos nocivos do consumo elevado de açúcares e doces. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcar refinado e doces não ultrapasse 10% das calorias diárias. Ou seja, um homem adulto e fisicamente ativo, que consome em média duas mil calorias por dia, poderia consumir apenas 200 calorias de açúcares e doces, o que representaria cerca de 50 gramas do alimento. Vale lembrar que no caso de mulheres ou pessoas sedentárias esse valor pode ser ainda menor”, orienta.

O consumo adequado de açúcares e doces pode ser um desafio ainda maior para as mulheres nos períodos pré-menstruais, relatando que nesse momento, a variação dos hormônios femininos pode deixar a mulher mais vulnerável e a vontade do doce pode ser mais difícil de controlar.

“Para essas situações, recomendo o consumo de frutas mais doces e receitas mais saudáveis na substituição de chocolates e doces. Uma banana assada com canela ou morangos com tâmaras podem ser uma boa pedida”, comenta.

Por fim, a especialista afirma que se o controle do consumo de doces e chocolates for algo difícil de alcançar, a recomendação é procurar um profissional nutricionista que possa auxiliar nesse processo de autoconhecimento e educação alimentar. Se a vontade do doce permanecer, basta consumi-lo com moderação. Estratégias como comprar um único bombom ao invés de uma barra de chocolate, ou sair para tomar o sorvete no lugar de tê-lo disponível no congelador, são opções interessantes para auxiliar o indivíduo nessa redução”, conclui.