ARTIGO | Setembro Amarelo: a musculação no combate à depressão

Dentre os benefícios gerados a partir dos exercícios está a melhora no humor, já que há associação de substâncias que geram prazer no corpo

Por Thiago T. de Sousa*

Depressão e ansiedade são condições psiquiátricas muito comuns no cenário atual, afetando milhões de indivíduos. A prática de exercício físico tem demonstrado capacidade de induzir amplas adaptações neurobiológicas. Estudos de imagem mostram mudanças estruturais no hipocampo e em outras regiões do cérebro associadas à depressão.

Dentre os benefícios gerados a partir dos exercícios está a melhora no humor, já que há associação de substâncias que geram prazer no corpo. A atividade física é útil ao tratamento inicial para depressão leve e/ou moderada. Uma pesquisa publicada em 2014, no Frontiers in Psychology, fez uma revisão de diversos estudos relacionados à prática de musculação e aos níveis de ansiedade. Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que uma única sessão de musculação já é capaz de promover mudanças positivas reduzindo e controlando os níveis de ansiedade em longo prazo.

Quanto à intensidade do treino de musculação, parecem ter melhores resultados treinos de intensidade de baixa a moderada (abaixo de 70% de 1RM). Isso seria, aproximadamente, realizar de 10 a 12 repetições, numa variável de 2 séries de cada exercício programado. Além disso, os treinos que tiveram os melhores resultados foram os de curta ou média duração (entre 20 minutos e 40 minutos por sessão).

A musculação tem papel importante no controle da ansiedade humana, reduzindo ou eliminando, inclusive, o uso de remédios ansiolíticos. Então, vamos levantar pesos e ter mais saúde!

*Profissional de Educação Física
CREF: 027876-G/RS
Pós-graduado em Fisiologia do Exercício
Pós-graduado em Metodologia do Treinamento Físico