4 DICAS DE REVISÃO PARA PEGAR A ESTRADA COM SEGURANÇA

  • 22 de Dezembro, 2022
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Veja os principais cuidados com o carro antes de sair em viagem

As férias de fim de ano estão chegando e muita gente vai aproveitar para viajar. Antes de pegar a estrada, contudo, é imprescindível fazer a revisão do carro para evitar imprevistos. A revisão de freios, pneus, macacos e outros itens mais “à vista” do motorista já é uma prática comum. No entanto, há outros componentes que podem prejudicar o bom funcionamento do veículo e servem de indicadores sobre as condições internas do motor.

“A parte visível do carro é sempre lembrada na hora da manutenção, mas as partes mecânicas não são tão perceptíveis e isso pode se tornar um impeditivo”, explica Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, multinacional japonesa especialista em velas e cabos de ignição.

Segundo o especialista, é indispensável fazer uma checagem completa com um mecânico de confiança ao menos uma vez por ano. Com o objetivo de ajudar o motorista a pegar a estrada com segurança e evitar imprevistos, a NGK elaborou uma lista com as principais recomendações do que não pode faltar na revisão de férias.

Confira:

1. Fique atento à qualidade do combustível
Os postos nas estradas são uma comodidade para os motoristas, porém o ideal é sempre abastecer o veículo em postos de confiança. O combustível de baixa qualidade pode causar inconvenientes no longo prazo, mesmo que seja apenas para completar o tanque.
“O combustível deve ser analisado com cuidado. Ao abastecer no posto habitual, caso o veículo apresente algum problema, você pode identificar a causa mais facilmente. O efeito do combustível é cumulativo e pode não ser causado pela última parada”, alerta Mori.

2. Verifique os componentes do sistema de ignição
De fundamental importância para o funcionamento do motor, os componentes do sistema de ignição devem ser priorizados durante a revisão, a ser realizada de acordo com o manual do veículo - a cada 10 mil quilômetros ou anualmente. “Quando desgastados, velas, cabos e bobinas podem causar sérios contratempos, sobretudo na estrada, como aumento do consumo de combustível, dificuldade na partida e na retomada de velocidade, perda de desempenho e instabilidade em marcha lenta”, relaciona Mori.

Assim, a orientação da NGK é começar a checagem do sistema a partir da vela de ignição, a única peça localizada no interior da câmara de combustão que é de fácil remoção. “Uma simples análise visual da peça permite identificar o estado do motor, principalmente em relação a eventual uso de combustível de má qualidade, infiltração de óleo e fluido de arrefecimento na câmara de combustão”, explica o consultor.

3. Escolha bem a oficina
Busque pelas referências da oficina que fará a revisão e não decida apenas pelo preço ou proximidade. “Houve uma mudança no relacionamento com as oficinas, tanto que hoje muitos clientes fazem a sua escolha com base em depoimentos nas redes sociais e na internet. Caso seja preciso optar por um novo mecânico, essas impressões podem ser uma referência”, pontua Hiromori.
É importante prestar atenção nos itens revisados na oficina. Confira se todos os componentes foram devidamente analisados. Se necessário, faça uma lista e cheque com o mecânico: sistema de freio; rodas; funcionamento do motor; nível do óleo e de outros fluidos; bateria; e injeção. Lembre-se de que alguns problemas podem ser silenciosos.

4. Prefira a revisão preventiva
Além de causar riscos para o motorista e os passageiros a bordo, ocorrências repentinas no veículo trazem gastos inesperados e, muitas vezes, evitáveis. Com a revisão completa e periódica é possível se programar melhor para manter a saúde do seu carro em dia. “O ideal é que a manutenção seja sempre preventiva. A necessidade de manutenção corretiva, quando já existe algo errado, pode significar que o veículo foi negligenciado e, muitas vezes, resulta em um gasto maior para o reparo”, avisa o especialista.

Outros componentes do veículo exigem atenção redobrada:

Pneus: verifique se estão em condições ideais de uso, observando o TWI (Tread Wear Indicator), que indica o desgaste da banda de rodagem, e se estão calibrados com a pressão indicada pelo fabricante. Dica: fazer o alinhamento e balanceamento das rodas do veículo na frequência correta ajuda a evitar desgastes excessivos e a estender a vida útil dos pneus. Verifique também a validade dos pneus por meio do código DOT, que determina a data de fabricação do pneu.

Sistema de freio: cheque o fluido de freio, responsável pela eficiência da frenagem e que absorve água do meio ambiente e deve ser substituído conforme orientação da montadora, assim como a situação dos flexíveis (mangueiras), que não podem estar ressecados ou ter vazamentos, e o estado de desgaste das pastilhas, lonas, discos e tambores de freio.

Sistema de arrefecimento: troque, no período indicado, o líquido de arrefecimento, que é imprescindível para a refrigeração do motor. Esse fluido é composto de um aditivo, que previne a oxidação do sistema, melhora o ponto de ebulição do fluido e congelamento. Existem fluidos prontos para uso e os concentrados, que devem ser diluídos em água desmineralizada. Evite completar com água de torneira que contamina o sistema e gera agressões químicas ao sistema. Verifique o nível de fluido no radiador e reservatório de expansão e observe a temperatura do motor no painel.

Nível de óleo: confira o nível do óleo do motor, que é responsável pela lubrificação do motor, e os filtros de ar, óleo e combustível. Se o período de troca estiver próximo, o ideal é fazer a substituição antes mesmo de viajar.

Sistema elétrico: examine o estado da bateria, confira se os faróis, piscas e luzes de ré e seta, que são essenciais para uma direção segura, estão funcionando corretamente e substitua as lâmpadas que estiverem queimadas. Assim, o motorista evita de uma vez só acidentes e transtornos com as autoridades de trânsito por serem itens obrigatórios.