A relação entre adolescentes e grupos de ódio entra na pauta do podcast Qual É o BO?

Seria culpa da internet essa realidade pautada por questões sensíveis e comportamentais?

O nono episódio do podcast Qual é o BO? mergulha em uma pauta delicada, urgente e extremamente atual: a relação entre adolescentes, grupos de ódio e o papel da internet nesse cenário. Bruna Monteiro, Kika Giordano e Poli Lopes recebem a psicóloga e representante da Geração Z, Julia Eltz, para uma conversa franca sobre os efeitos da tecnologia no comportamento juvenil e os desafios da convivência digital nas famílias e na sociedade.

Entre os principais temas discutidos, destacam-se:

  • O papel da internet na radicalização juvenil: a facilidade com que adolescentes — especialmente meninos — são recrutados por grupos extremistas nas redes sociais, em busca de pertencimento, propósito e validação.

  • Bullying digital, solidão e saúde mental: como o ambiente online, muitas vezes tóxico, agrava questões emocionais e contribui para o isolamento dos jovens.

  • Falta de diálogo entre gerações: a ausência de comunicação efetiva entre pais e filhos amplia distâncias e fragiliza os vínculos afetivos, como mostra a série Adolescência, da Netflix, citada durante o episódio.

  • Algoritmos e influência digital: a discussão inclui o impacto das redes sociais na construção de identidades e como os algoritmos reforçam bolhas de pensamento e intolerância.

  • Educação digital como urgência: mais do que controlar, é preciso educar — e isso começa em casa, com pais preparados para escutar, dialogar e orientar seus filhos no uso consciente da tecnologia.

  • Marketing consciente e responsabilidade coletiva: as participantes também abordam o papel da mídia, das marcas e da sociedade na promoção de uma internet mais segura e acolhedora.

  • Desconexão saudável: até estratégias simples, como livros de colorir, entram na conversa como formas de resgate do bem-estar emocional fora das telas.

    Este episódio é um convite para refletir sobre os caminhos que estamos traçando para as próximas gerações. Um alerta, mas também uma proposta de transformação — pela empatia, pelo diálogo e pela ação.