O NOVO PADRÃO DE BELEZA É O BEM-ESTAR

Cirurgião plástico fala sobre as intervenções mais comuns na face e ressalta a importância de não se prender a idealizações

O conceito de beleza é infinitamente amplo e pode variar de acordo com múltiplos fatores, como a cultura, a personalidade, a crença, os sentimentos e o modo de pensar de cada um. Até mesmo o passar das décadas e os movimentos sociais conferem à estética diferentes padrões. E, neste turbilhão de idealizações do que é belo ou não, o que importa é que possamos reconhecer em nós mesmos a beleza na qual acreditamos.

Com esta proposta, as cirurgias estéticas têm hoje uma missão que vai além do resultado visível aos olhos. “A atenção do cirurgião moderno está muito mais atrelada ao bem-estar do paciente. O resultado ideal é aquele que proporciona uma beleza equilibrada, harmoniza os traços com naturalidade e contribui para elevar a autoestima e a qualidade de vida”, explica Nelsoni de Almeida, médico otorrinolaringologista e membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.

BELEZA E SAÚDE FÍSICA

Em geral, as queixas de quem busca por cirurgias na face são muito semelhantes. “Quem opta pela rinoplastia, muitas vezes tem descontentamentos relativos à giba, o ossinho da parte superior no nariz. Também há insatisfações com a ponta, que pode ser caída, larga ou globosa. Mas nestes casos, além dos ganhos estéticos, pode-se aproveitar a intervenção para corrigir problemas que dificultam a respiração”, pondera o especialista. Assim, a beleza traz vantagens também para a saúde física.

Outra cirurgia que registra grande procura é a otoplastia, indicada para corrigir desproporções na forma e tamanho das orelhas. Mesmo não estando associada a questões funcionais da audição, a relevância do procedimento é notável em função do recorrente bullying sofrido por crianças, jovens e até mesmo adultos por conta das chamadas “orelhas de abano”. Orelhas abertas e a ausência de dobras são queixas recorrentes. “Orelhas proeminentes, infelizmente, ainda são motivo de bullying. Especialmente entre as crianças, esta característica pode prejudicar as relações interpessoais, uma preocupação comum a vários pais que levam seus filhos ao consultório”, avalia o médico.

Para estes e outros tantos exemplos, a medicina estética demonstra evoluções fundamentais para proporcionar a cada pessoa a harmonização que melhor atender seus descontentamentos. Todos temos uma beleza própria. Valorizá-la é um benefício para nosso bem-estar, independente de qualquer padrão.